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Acontece com certa frequência: pensamos num determinado assunto, procuramos livros, artigos ou quaisquer  meios de sabermos mais sobre isso e nos deparamos com um texto que nos diz exatamente aquilo que gostaríamos de expressar.

Eu estava querendo falar um pouco mais sobre o trabalho voluntário, da importância dessa atitude, tanto pra quem conta como para quem ouve, paciente ou acompanhante. Fazer trabalho voluntário é se doar, pensar no outro sem nem saber quem é “esse outro”. Não querer nada em troca, somente a sensação de ter conseguido ser uma virgula, que interferiu para o bem, na trajetória daquela vida, naquele instante.

Pensando sobre isso, me caiu em mãos o livro “Viva e deixe viver – Histórias de quem conta histórias” de Maria Helena Gouveia, do qual citarei alguns trechos que considero muito importantes:

 

“Descobertas do coração.

A vida das pessoas é uma permanente descoberta. São os primeiros movimentos, os primeiros sons, as primeiras imagens. Os caminhos da vida: descobertas surpreendentes, tristes, alegres, fáceis, difíceis, enfim descobertas continuas. Mas entre elas existem diferenças: há as que são naturais, outras conquistadas, e algumas têm origem no coração. E é nessa descoberta   proveniente do que temos de mais profundo, de mais íntimo, de verdadeiramente humano, que se coloca o trabalho voluntário.

A decisão de praticar o vountariado é uma ação que depende exclusivamente de cada um. Espontânea, sem dia ou hora marcada.

Surge quando o coração fala mais alto, quando achamos que nossos limites nos cerceiam, quando sentimos a necessidade de nos tornarmos mais úteis, de darmos um sentido maior à nossa vida.

Entre as descobertas do coração, o trabalho voluntário é uma presença mágica e marcante, e as suas consequências são multiplicadoras. Quem a exerce deixa de ser apenas e egoisticamente um, e vive também em outros corações. Sente a alegria da recompensa e o acalanto da paz!

Enganam-se os que pensam que o voluntário apenas sabe pedir: arrecadar fundos, angariar alimentos, recolher roupas, cumprir uma lista enorme de necessidades materiais. O voluntário, em sua essência, transmite alegria, participação, oferece seu exemplo, possibilita a oportunidade de outras pessoas fazerem também suas descobertas, utilizarem seus talentos e serem mais felizes.

O trabalho voluntário é um caminho de mão dupla: doa e recebe, é participante e participativo, sonho e realidade. Esse roteiro conduz inexoravelmente a novos horizontes, ilimitados, onde se avistam sementes e colheitas produtivas, onde há luz e calor humano, onde é possível viver melhor.”

 

 


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